O Kremlin descartou, esta quarta-feira, a hipótese de Itália poder mediar as conversações de paz entre a Rússia e Ucrânia, considerando que não seria um “mediador honesto” devido à sua posição “antirrussa”.
“Obviamente, dada a posição partidária tomada por Itália, não podemos considerá-la nem como um mediador honesto nem como uma possível garantia no processo de paz”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, citada pela agência de notícias Al Jazeera.
A responsável considerou ainda que é “estranho” para Moscovo ouvir as propostas de países que tomaram “uma posição antirrussa inequívoca e muito agressiva” desde o início da “operação militar especial” na Ucrânia.
“Seria melhor se os pseudo-pacificadores europeus parassem o apoio militar a Kyiv e concentrassem os seus esforços num trabalho mais firme e exigente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky”, acrescentou, referindo-se ao facto de o chefe de Estado ucraniano se recusar a negociar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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