John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, realçou que não existe "nenhum lamento" por parte da administração liderada por Joe Biden.
"Isto é a guerra. [Os ucranianos] foram invadidos e estão a lutar e a defender-se", sublinhou, durante uma conferência de imprensa.
"Os soldados russos que estão no território [ucraniano] são um alvo legítimo de ação militar para a Ucrânia, ponto final", acrescentou.
Fonte da Defesa russa aumentou para 89 o número de militares mortos no ataque no fim de semana das forças ucranianas a uma instalação em Makiivka.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA não comentou os números, numa altura em que o departamento de comunicações estratégicas do Exército ucraniano reivindica um número muito maior de vítimas entre as tropas russas, calculando em 400 mortos e 300 feridos.
De acordo com o Exército russo, este ataque foi realizado através dos sistemas de mísseis Himars, uma arma fornecida pelos Estados Unidos.
John Kirby não comentou estes dados.
No entanto, este ex-militar de alto escalão destacou que os norte-americanos estão "a fornecer e continuarão a fornecer [aos ucranianos] o equipamento e a ajuda de que precisam para se defender".
"Fornecemos Himars e poderemos muito bem fornecer mais no futuro", realçou.
O tenente-general russo Sergei Sevryukov referiu, num comunicado divulgado esta quarta-feira, que os sinais telefónicos permitiram às forças de Kiev "determinar as coordenadas da localização de militares" e lançar um ataque com 'rockets'.
O ataque, um dos mais mortíferos contra as forças do Kremlin desde o início da guerra na Ucrânia há mais de 10 meses, ocorreu um minuto após o início do Ano Novo, de acordo com Sevryukov.
As forças ucranianas dispararam seis 'rockets' de um sistema de lançamento múltiplo HIMARS, fornecido pelos Estados Unidos, contra um edifício "na área de Makiivka", na região de Donetsk, onde os soldados russos estavam estacionados.
As autoridades russas responsabilizaram também esta quarta-feira as forças ucranianas pela morte de cinco pessoas, quatro das quais elementos de serviços de emergência, na região de Zaporijia, no sul da Ucrânia.
Numa mensagem divulgada na rede Telegram, o chefe interino desta região controlada pela Rússia, Evgueni Balitski, afirmou que "cinco pessoas morreram e 15 sofreram ferimentos de gravidade diversa em consequência de ataques de artilharia de grupos armados ucranianos contra a cidade pacífica de Vasylivka".
A localidade está controlada pelas tropas russas desde março do ano passado.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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