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Moscovo e Kyiv trocam 100 prisioneiros de guerra. 50 de cada um dos lados

A Rússia e a Ucrânia anunciaram hoje a troca de 100 soldados, 50 de cada um dos lados, aprisionados durante os combates em território ucraniano.

Moscovo e Kyiv trocam 100 prisioneiros de guerra. 50 de cada um dos lados
Notícias ao Minuto

15:53 - 08/01/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Foram repatriados 50 soldados [ucranianos] que estavam em perigo de vida em cativeiro", indicou, em comunicado, o Ministério da Defesa russo, adiantando que a libertação dos militares foi o resultado de "intensas negociações" realizadas nos últimos dias entre Moscovo e Kyiv.

Por outro lado, acrescentou o Ministério da Defesa da Rússia, os soldados russos serão transportados de avião para Moscovo para que possam cumprir um período de "reabilitação médica e psicológica".

Em Kyiv, a Presidência da Ucrânia confirmou a libertação de meia centena de soldados ucranianos, entre eles 33 oficiais e 17 sargentos e soldados rasos, que foram detidos em locais como os arredores de Kiev, próximo da central nuclear de Chernobil ou na cidade portuária de Mariupol.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, os dois beligerantes já trocaram milhares de prisioneiros de guerra.

Em fins de dezembro, um tribunal ucraniano condenou quatro prisioneiros russos a 11 anos de prisão sob a acusação de crimes de guerra.

O Kremlin nega categoricamente que os seus soldados tenham cometido crimes de guerra em território russo, nomeadamente nas regiões anexadas na Crimeia, enquanto Kiev pediu ao Ocidente a criação de um tribunal internacional para os julgar.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para as autoridades ucranianas e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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