O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência brasileira, Paulo Pimenta, mostrou dois estojos de armas de fogo vazios, em cima de um sofá parcialmente queimado no Palácio do Planalto, de acordo com um vídeo e fotografias divulgadas na rede social Twitter.
O deputado Wadih Damous, que acompanhou Paulo Pimenta, sublinhou que os assaltantes "tinham informações" sobre o que estava guardado no Gabinete de Segurança Institucional da presidência, uma vez que levaram armas, munições e documentos.
Apesar dos danos causados, o Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que vai retomar hoje os trabalhos no Palácio do Planalto, numa mensagem divulgada no domingo no Twitter.
"Os golpistas que promoveram a destruição do património público em Brasília estão sendo identificados e serão punidos (...). Democracia sempre", salientou.
Lula da Silva deslocou-se no domingo à noite à sede do executivo brasileiro para conferir os estragos provocados no local, indicou o canal de televisão TV Globo.
O chefe de Estado brasileiro foi ainda recebido pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, na sede do tribunal.
Durante o dia de domingo, Lula da Silva ausentou-se de Brasília para realizar uma visita oficial à cidade de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, em solidariedade com a população afetada por fortes chuvas que caíram na região.
Apoiantes do ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram, no domingo, as sedes dos três poderes do país em Brasília, obrigando a uma intervenção federal para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu, entretanto, recuperar o controlo da sede do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, assim como desocupar totalmente a praça dos Três Poderes, na capital brasileira, numa operação que resultou também em pelo menos 300 detenções.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes de Bolsonaro, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a esplanada dos Ministérios, em Brasília.
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