Chefe da OSCE opõe-se à expulsão da Rússia da organização

Helga Schmid defendeu que não é por manter a Rússia na organização que todos os membros concordam com as suas ações.

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José Miguel Pires
09/01/2023 12:07 ‧ 09/01/2023 por José Miguel Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

A secretária-geral da OSCE, Helga Schmid, disse que "faz sentido" manter a Rússia na organização, de forma a assegurar a continuidade dos canais diplomáticos com o Kremlin.

“Um dia, vamos precisar de meios de conversação novamente. E a OSCE é a única organização de segurança na qual todos os elementos importantes para a arquitetura de segurança europeia se sentam à mesma mesa”, disse Schmid à televisão alemã Welt.

A OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) não tem um mecanismo de suspensão para excluir a Rússia, explicou a sua secretária-geral, pois “não é uma organização de pessoas com ideias semelhantes, como a UE ou a NATO".

Ainda assim, Schmid recordou que manter a Rússia na OSCE não significa que todos os seus membros concordam com as ações do Kremlin. Para justificar o seu argumento, a secretária-geral referiu que a Polónia, que presidiu a OSCE em 2022, colocou a invasão russa da Ucrânia na agenda de todas as sessões.

Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, pediu à OSCE que expulsasse a Rússia, considerando a sua participação "uma ameaça à segurança e cooperação na Europa".

Leia Também: OSCE necessária apesar de "prejudicada" pelo conflito, diz Borrell

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