Associação denuncia agressões a jornalistas durante ataque em Brasília

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) denunciou e condenou hoje as agressões a jornalistas, perpetradas por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro em atos violentos em Brasília no domingo.

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Lusa
09/01/2023 20:19 ‧ 09/01/2023 por Lusa

Mundo

Brasil

Pelo menos cinco jornalistas foram agredidos neste domingo em Brasília quando realizavam o seu trabalho, informou a ABRAJI, que também denunciou o roubo de equipamentos de vários repórteres cometido pelos apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ABRAJI informou que um fotógrafo foi atacado por um grupo de 'bolsonaristas' enquanto gritavam que iriam "tomar conta do Brasil".

A organização lamentou que os ataques aos media por parte da extrema-direita se tenham tornado uma constante nos últimos dois anos devido à passividade das autoridades brasileiras.

No total, houve 77 ataques contra trabalhadores da imprensa no Brasil nos últimos dois anos "sem que o Governo e as forças de segurança tenham tomado as medidas cabíveis", diz o comunicado.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram pelo menos 1.200 detidos.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.

Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

Leia Também: Ministro: Brasil continuará a defender democracia com apoio internacional

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