Seis mortes ocorreram no distrito de Lago e quatro na cidade de Lichinga, capital provincial, segundo José Manuel, diretor do serviço provincial de saúde em Niassa, citado hoje pela Rádio Moçambique.
Segundo o responsável, dos mais de 600 casos de cólera diagnosticados na província desde a eclosão do surto, 612 tiveram alta hospitalar e 13 pacientes continuam internados em 12 centros de tratamento da doença.
"Felizmente tem estado a haver uma boa resposta por parte da central de medicamentos. Ainda ontem recebemos na nossa província cerca de 7.000 balões de soro fisiológico", referiu o responsável, falando da disponibilidade de material médico para o tratamento da doença.
De acordo com a fonte, foram igualmente registados 112 casos de diarreias e vómitos nos distritos de Sanga e Mecanhelas, o que levou as autoridades a colher amostras para o Instituto Nacional de Saúde.
As autoridades de saúde moçambicanas suspeitam que os casos tenham sido importados do Maláui, país que faz fronteira com o distrito de Lago e que tem registado casos da doença.
A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida - sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
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