Reino Unido e Japão assinam acordo militar de "acesso recíproco" 

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o seu homólogo japonês, Fumio Kishida, vão assinar hoje em Londres um "acordo de acesso recíproco", permitindo que os exércitos de ambos os países se posicionassem no território um do outro.

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© Tolga Akmen - WPA Pool/Getty Images

Lusa
11/01/2023 09:51 ‧ 11/01/2023 por Lusa

Mundo

Exército

"Após anos de negociações, o acordo vai selar o compromisso do Reino Unido para com a segurança no Indo-Pacífico", adiantou o gabinete de Sunak em comunicado.

O acordo tem como pano de fundo as crescentes ambições chinesas na Ásia-Pacífico e permitirá aos militares dos dois países "planear e conduzir exercícios e destacamentos militares maiores e mais complexos", acrescentou.

A assinatura terá lugar simbolicamente na histórica Torre de Londres, onde os dois líderes visitarão a exposição de uma armadura japonesa oferecida pelo Japão em 1613 para assinalar o primeiro acordo comercial anglo-japonês.

O líder britânico, que tem assumido uma posição dura sobre a China, salientou a necessidade de cooperação perante "os desafios globais sem precedentes do nosso tempo".

Sunak referiu que Londres e Tóquio têm "acelerado" a aproximação nos últimos meses.

"Temos muitas coisas em comum: uma visão comum do mundo e das ameaças e desafios que enfrentamos, bem como uma ambição de usar o nosso lugar no mundo para o bem global", justificou.

O Reino Unido e o Japão estão a juntar-se à Itália para desenvolver uma nova geração de aviões de combate até 2035.

Na reunião com Fumio Kishida, Rishi Sunak pretende também discutir as negociações para a entrada do Reino Unido na Parceria Trans-Pacífico de Comércio Livre (TPFTP), bem como a presidência do G7 pelo Japão em 2023 e a assistência à Ucrânia face à invasão russa.

Fumio Kishida encontra-se numa digressão por vários países do G7 desde segunda-feira, tendo primeiro visitado Paris e Roma. 

Na quinta-feira é esperado em Otava, capital do Canadá, e na sexta-feira será recebido pelo Presidente dos EUA, Joe Biden,  em Washington.

A China e o Japão, a segunda e terceira maiores economias do mundo, respetivamente, são parceiros comerciais importantes, mas as relações deterioram-se consideravelmente nos últimos anos, com Pequim a exibir ambições crescentes na região da Ásia-Pacífico.

O Japão, que chamou à China um "desafio estratégico sem precedentes" à segurança do país, queixa-se regularmente da atividade marítima chinesa nas ilhas Senkaku, administradas por Tóquio mas reivindicadas por Pequim.

Leia Também: Tropas ucranianas iniciam treino de mísseis Patriot já na próxima semana

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