Os advogados do presidente norte-americano Joe Biden descobriram um pequeno número de documentos classificados na garagem da casa do presidente em Wilmington, Delaware, confirmou a Casa Branca na quinta-feira. Isto após a NBC ter anunciado, na noite de quarta-feira, esta descoberta de um novo lote de documentos confidenciais relacionados com a administração de Barack Obama, em que Biden tinha sido vice-presidente.
Descoberta que se seguiu a uma outra, em novembro, num "armário trancado" no Penn Biden Center, um 'think tank' ligado à Universidade da Pensilvânia.
Nesta segunda descoberta, o assessor jurídico de Biden, Richard Sauber, revelou que foi encontrado um único documento numa sala adjacente à garagem e que nenhum documento foi encontrado na casa dos Bidens em Rehoboth Beach.
O Executivo de Biden está a "cooperar totalmente" para garantir que os registos são tratados adequadamente, disse Sauber.
Na sequência da primeira descoberta, o procurador-geral norte-americano, Merrick Garland, pediu ao procurador-geral de Chicago para investigar o assunto, segundo indicou à rede CNN uma fonte familiarizada com o processo.
A Casa Branca confirmou que o Departamento de Justiça estava a rever "um pequeno número de documentos com marcas classificadas" encontrados no escritório, noticiou a agência Associated Press (AP).
"Fui informado sobre essa descoberta e fiquei surpreendido ao saber que há registos do governo que foram levados para aquele escritório", destacou ainda Biden na primeira reação a esta descoberta.
Independentemente da revisão dos documentos pelo Departamento de Justiça, a revelação de que Biden potencialmente possa ter tratado de forma incorreta os registos confidenciais pode comprometer o chefe de Estado, que classificou de "irresponsável" a decisão do ex-presidente Donald Trump de manter centenas de tais documentos na sua mansão na Florida.
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