O parlamento ucraniano retirou os cargos a quatro deputados dos partidos pró-Kremlin, sendo uma das quais Viktor Medvedchuk, o amigo do presidente russo, avançou esta sexta-feira Yaroslav Zheleznyak, membro do parlamento e do partido Holos (Voz).
Na publicação no Telegram, Zheleznyak destacou que, além de Medvedchuk, está incluído Andriy Leonidovych Derkach, Taras Romanovych Kozak, Renat Raveliyovych Kuzmin e Viktor Volodymyrovych Medvedchuk.
Há três dias, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou que decidiu retirar a cidadania ucraniana aos mesmos quatro deputados.
No seu discurso diário à nação, o presidente ucraniano disse que tomou a decisão com base em informações do Serviço de Segurança e do Serviço Estatal de Migração da Ucrânia e “em conformidade com a Constituição do país”.
Medvedchuv foi detido, no início de abril, pelos Serviços de Segurança ucranianos, numa “operação especial”. Usava um uniforme militar com uma bandeira da Ucrânia “para se disfarçar” e, horas após a sua detenção, o presidente ucraniano propôs à Rússia libertá-lo numa troca com ucranianos capturados, algo que veio a acontecer apenas em setembro.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de onze mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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