A polícia italiana deteve, esta segunda-feira, Matteo Messina Denaro, o líder da máfia mais procurado de Itália e que estava em fuga desde 1993. A notícia foi avançada pela agência de notícias italiana ANSA, que citava fontes ligadas ao caso.
Segundo a publicação, Denaro terá sido detido dentro das instalações de uma clínica privada em Palermo, na ilha de Sicília, onde foi “para fazer terapia”.
Nas redes sociais, os Carabinieri (polícia italiana) confirmaram a detenção. "Após 30 anos em fuga, foi capturado pelos Carabinieri Matteo Messina Denaro, líder da máfia Cosa Nostra. Ele estava dentro de um estabelecimento de saúde onde tinha ido para se submeter a terapias clínicas", lê-se.
Dopo 30 anni di latitanza, catturato dai #Carabinieri il boss di Cosa Nostra Matteo Messina Denaro. Si trovava all’interno di una struttura sanitaria dove si era recato per sottoporsi a terapie cliniche pic.twitter.com/4oO4xNCIjf
— Arma dei Carabinieri (@_Carabinieri_) January 16, 2023
O homem, de 60 anos, é considerado o sucessor dos líderes históricos da máfia Cosa Nostra, Toto Riina e Bernardo Provenzano, que morreram ambos na prisão. Nascido em Castelvetrano, na província de Trapani, Messina Denaro foi condenado à revelia a prisão perpétua por vários homicídios, incluindo os de dois procuradores anti-máfia, em 1992.
A captura de Denado ocorre numa altura em que se intensificam as investigações contra o crime organizado levadas a cabo pelos procuradores de Palermo, Maurizio de Lucia e Paolo Guido.
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, considerou a detenção uma "grande vitória" para o país. "Uma grande vitória para o Estado, que mostra que não desiste perante a máfia. No aniversário da prisão de Totò Riina, outro chefe do crime organizado, Matteo Messina Denaro, é levado à justiça", afirmou no Twitter.
Una grande vittoria dello Stato che dimostra di non arrendersi di fronte alla mafia. All'indomani dell'anniversario dell'arresto di Totò Riina, un altro capo della criminalità organizzata, Matteo Messina Denaro, viene assicurato alla giustizia. pic.twitter.com/8d6sHaDloK
— Giorgia Meloni (@GiorgiaMeloni) January 16, 2023
Também o antigo primeiro-ministro e líder do partido Italia Viva (IV), Matteo Renzi, afirmou tratar-se de uma "notícia maravilhosa" e um "feito histórico".
"Este é um dia de celebração para todo o país. Parabéns a todos os que trabalharam no assunto, começando pelos investigadores e pela polícia. Hoje é um dia de felicidade. Bom trabalho a todos. Viva a Itália", sublinhou na mesma rede social.
[Notícia atualizada às 09h21]
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