A viagem tem antes um primeiro desvio à Suíça, onde a governante irá reunir-se com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, em Zurique. Depois, seguirá para o Senegal, Zâmbia e África do Sul.
A visita acontece poucas semanas depois da realização, em dezembro, da cimeira África-Estados Unidos em Washington, durante a qual a Casa Branca anunciou investimentos de vários milhões de dólares para os próximos anos, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Enquanto a China e a Rússia procuram aumentar a sua influência em África, os Estados Unidos encontram-se numa posição defensiva, tentando defender a sua posição no continente.
Apesar dos anúncios na cimeira, "devemos continuar com o que falamos" sobre o apoio aos países africanos, referiu Susan Page, ex-embaixadora dos EUA no Sudão do Sul e professora da Universidade de Michigan.
"Acho que o principal objetivo [da viagem] será um posicionamento em relação à China, o que é uma pena porque os países africanos querem ser considerados pelo que são, não como um campo de batalha entre grandes potências", referiu Page, em declarações à AFP.
Na primeira etapa da sua viagem, Yellen manterá um encontro com o Presidente senegalês Macky Sall, também atual presidente da União Africana, em Dakar na sexta-feira, de acordo com informação revelada pelo Departamento do Tesouro.
A ministra norte-americano deve aproveitar para destacar os esforços norte-americanos para fortalecer as parcerias com os países africanos, bem como os laços económicos "aumentando os níveis tanto em termos de fluxos de investimento como de comércio", segundo o Tesouro.
Janet Yellen terá depois reuniões com o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, bem como vários altos funcionários.
Chegando ao poder após as eleições de 2021, com uma vitória sobre o Presidente cessante Edgar Lungu, Hichilema prometeu fortalecer a credibilidade financeira da Zâmbia depois de herdar uma economia abalada.
A ministra norte-americana deverá ainda anunciar esforços conjuntos em matéria de saúde e de preparação para futuras pandemias, mas também de segurança alimentar.
Na última etapa da viagem, Yellen manterá encontro com o seu homólogo sul-africano Enoch Godongwana, bem como com o governador do banco central Lesetja Kganyago.
Durante a sua passagem por África, Janet Yellen deverá ainda sublinhar a importância de um melhor acesso às energias renováveis e "destacar as consequências" da guerra na Ucrânia.
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