"Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Todos. Não importa a patente, não importa a força que ele participe", afirmou o Presidente brasileiro durante uma entrevista exclusiva ao website da Globonews, a primeira que deu a um meio de comunicação depois de tomar posse como Chefe de Estado.
"Todos que a gente descobrir que participaram dos atos serão punidos. Terão que ser afastados das suas funções e vão responder perante a lei", frisou Lula da Silva.
"O soldado, o coronel, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, ele tem direito de escolher quem ele quiser para votar. Agora, como ele é um cargo de carreira, ele defende o estado brasileiro. Ele não é Exército do Lula, ele não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do Fernando Henrique Cardoso", afirmou o Presidente do Brasil.
O presidente brasileiro teceu ainda duras críticas as ações de inteligência das forças de segurança na sequência dos ataques de 08 de Janeiro por apoiantes radicais à sede dos três ramos do governo.
"Aqui não temos informações do exército, da polícia, da marinha... nenhuma das informações foi útil", disse Lula durante uma entrevista
Segundo o Presidente brasileiro, nenhuma das forças de segurança advertiu antecipadamente que haveria uma ameaça de ataque nesse domingo.
"E depois descubro que [a manifestação] tinha sido convocada há mais de uma semana nas redes sociais", disse.
Lula disse que se soubesse que centenas de pessoas tinham chegado a Brasília na sexta-feira anterior aos ataques não teria viajado".
No dia dos ataques ao edifício do Congresso, ao Supremo Tribunal e à Presidência, Lula não estava em Brasília, pois tinha viajado para o interior de São Paulo para visitar a cidade de Araraquara, afetada pelas inundações causadas pelas fortes chuvas no início do ano.
Na entrevista, o Presidente brasileiro insistiu que todos aqueles que participaram "devem ser condenados", pois caso contrário "a democracia não pode ser garantida".
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