NATO apela à mobilização de sociedades aliadas e quer harmonizar defesas

O presidente do Comité Militar da NATO considerou esta quinta-feira que a luta pela liberdade "não recai apenas sobre os que estão de uniforme" e destacou a necessidade de uma harmonização entre as estratégias de Defesa nacionais e da Aliança.

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Lusa
19/01/2023 15:49 ‧ 19/01/2023 por Lusa

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"A responsabilidade pela liberdade não recai apenas sobre os que estão de uniforme", sustentou o almirante Robert Bauer, em conferência de imprensa na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas (Bélgica), depois de uma reunião de dois dias do órgão máximo militar da Aliança, que integra os responsáveis militares dos Estados-membros.

O almirante recorreu ao "exemplo" de pessoas "de todas as partes da sociedade" ucraniana que, desde 24 de fevereiro de 2022, estão a lutar contra a invasão que a Rússia iniciou "sem provocações".

"São a prova do que significa a resiliência", destacou o presidente do Comité Militar da NATO.

E acrescentou: "Nesta nova era de defesa coletiva precisamos que todas as sociedades aliadas apostem na resiliência".

O almirante neerlandês anunciou também que durante a reunião os responsáveis militares dos 30 Estados-membros da Aliança Atlântica concordaram que "a NATO e o plano militar nacional têm de estar cada vez mais ligados".

Esta ideia foi reforçada pelo general norte-americano Christopher Cavoli, que é também o Comandante Supremo Aliado para a Europa.

Os 30 países que compõem a NATO têm de fazer uma "planificação harmonizada" que reforce, em particular na Europa, a "postura de dissuasão", referiu Cavoli.

Na reunião, que arrancou na capital belga na quarta-feira, participaram também representantes militares da Finlândia e da Suécia, países que aguardam pela conclusão do processo de adesão à NATO - apenas os parlamentos dos Estados-membros Hungria e Turquia ainda não ratificaram os protocolos de adesão -, assim como da Áustria, Irlanda, Moldova e Arménia.

A Finlândia e a Suécia formalizaram em maio passado o seu pedido de adesão à NATO de forma conjunta, após décadas de não-alinhamento, uma decisão justificada pela alteração do quadro de segurança europeu na sequencia da invasão russa da Ucrânia.

A necessidade de harmonização dos planos de defesa nacionais com os da Aliança serão trabalhados até à próxima cimeira da NATO, em Vilnius, capital da Lituânia, em julho, segundo avançou Robert Bauer.

Na "nova era" da segurança mundial, uma expressão que Bauer tem referido constantemente, os países que integram a NATO têm de "esperar o inesperado", finalizou o almirante neerlandês.

Leia Também: Líder da extrema-direita sueca considera Erdogan um "ditador islamita"

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