Polónia espera autorização rápida da Alemanha para tanques Leopard 2

A Polónia disse hoje que espera "uma resposta rápida" da Alemanha para entregar os tanques Leopard 2 à Ucrânia, com Berlim a garantir, momentos depois, que vai analisar o pedido polaco "com a devida urgência".

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Lusa
24/01/2023 15:49 ‧ 24/01/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Espero que a resposta dos alemães venha rapidamente desta vez, porque os alemães estão a atrasar-se, procrastinando, agindo de uma forma que é difícil de entender", lamentou o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.

O chefe do Governo polaco disse ainda que a Polónia, "tal como outros países nos seus respetivos territórios", já está treinar soldados ucranianos, embora não tenha esclarecido se esse treino se destina ao uso dos carros blindados de fabrico alemão Leopard 2, que Kiev tem pedido com insistência.

"Também vamos pedir à União Europeia (UE) para reembolsar os custos. Este será um novo teste à sua boa vontade. A UE deve compensar-nos por esses custos", insistiu Morawiecki.

Entretanto, o Governo alemão já prometeu analisar o pedido de permissão da Polónia para transferir 14 carros blindados Leopard 2 para a Ucrânia, na tentativa de repelir as forças russas que invadiram o território ucraniano em fevereiro de 2022.

"O pedido chegou até nós (...). Iremos processar o pedido com a devida urgência, de acordo com o procedimento previsto", disse um porta-voz do Governo alemão.

O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, avançou hoje que o pedido de Varsóvia tinha sido formalizado e que tinha sido informado por Berlim que a solicitação polaca tinha sido recebida.

Na mesma ocasião, o ministro aproveitou para pedir a outros países para se juntarem à Polónia neste esforço de fazer chegar carros blindados pesados à Ucrânia.

O Governo alemão está sob forte pressão, há vários dias, para aprovar a entrega à Ucrânia de carros blindados Leopard 2 utilizados por países da NATO.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Características do Leopard 2 vistas como fundamentais para luta de Kyiv

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