"A decisão de encerrar o Grupo Helsínquia de Moscovo é outro ataque aos direitos humanos na Rússia", afirmou Borrell através do Twitter.
De acordo com o chefe da diplomacia da UE, o Kremlin "está a estender a sua agressão na Ucrânia à repressão política em casa", ao "silenciar os defensores dos direitos humanos, suprimindo a sociedade civil e as vozes que rejeitam o autoritarismo e a guerra".
O Tribunal urbano de Moscovo decidiu hoje pelo encerramento do Grupo de Moscovo a pedido do Ministério da Justiça russo.
A deliberação contra a conhecida ONG foi iniciada de imediato, e a leitura da sentença ocorreu seis horas depois.
O Ministério da Justiça russo solicitou a liquidação do Grupo Helsínquia de Moscovo em dezembro de 2022 por estender as suas atividades "fora da sua região", a capital russa.
Um representante da acusação indicou no decurso do processo que as infrações não eram sustentáveis e que o ministério considerava a punição adequada.
A ONG, fundada em 1976, rejeitou as alegações emitidas pela justiça e pediu a anulação do recurso.
Após a dissolução em dezembro da Memorial, a ONG mais importante da Rússia, o Grupo Helsínquia de Moscovo -- criado com a ajuda de Andrei Sakharov, prémio Nobel da Paz em 1975 -, é agora a organização visada pelas autoridades.
Leia Também: Embaixador do Irão evita dar aperto de mão a rainha Letizia. O motivo