"As nossas iniciativas diplomáticas e as nossas conversações bilaterais produziram o resultado desejado", declarou o vice-ministro da Defesa polaco, Wojciech Skurkiewicz, à imprensa, depois do anúncio do Governo alemão.
A Alemanha declarou que vai enviar os seus próprios Leopards e autorizará outros países a enviar os seus tanques de fabrico alemão para ajudar a Ucrânia a repelir a invasão russa -- uma medida em que Varsóvia e outros aliados vinham insistindo há semanas.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, saudou esta decisão como "um grande passo em direção ao objetivo de deter a Rússia", ao passo que o conselheiro presidencial Marcin Przydacz classificou os esforços do seu país como "diplomacia eficaz".
A posição particularmente firme da Polónia foi reconhecida pela Ucrânia, que pedia esses carros de combate, considerados essenciais nas frentes de batalha.
"Agradeço à Polónia a sua liderança e a sua determinação em relação aos tanques de combate Leopard 2 para a Ucrânia e a criação de uma coligação internacional", declarou na rede social Twitter o embaixador ucraniano na Polónia, Vasyl Zvarych.
A Polónia tinha veementemente criticado a relutância inicial da Alemanha em aprovar o envio dos famosos tanques e insistiu com Berlim nessa questão, declarando que Varsóvia enviaria os seus tanques de qualquer maneira.
O apelo de Varsóvia foi repetido pelos três países bálticos ex-soviéticos, que instaram em conjunto a Alemanha a enviar os Leopards o mais rapidamente possível.
"A ofensiva diplomática conjunta da Polónia e de outros países aliados fez a Alemanha mudar de opinião", declarou à imprensa o porta-voz do Governo polaco, Piotr Müller.
O ministro da Defesa lituano, Arvydas Anusauskas, sublinhou hoje o papel que desempenhou a unidade da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), "uma coisa à qual a Alemanha não se pode esquivar".
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