Sayfullo Saipov, de 34 anos, natural do Uzbequistão, estava a ser julgado desde 09 de janeiro e foi considerado culpado de 28 acusações, incluindo oito de "homicídios para se juntar ao EI", que acarretam pena de morte ou prisão perpétua, sublinhou o procurador federal de Manhattan.
No Halloween de 2017, Sayfullo Saipov investiu a carrinha contra quem passava numa ciclovia movimentada em Manhattan, causando muitos feridos e matando oito pessoas, incluindo cinco argentinos e um belga.
Este foi o ataque mais mortal em Nova Iorque, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Sayfullo Saipov reconheceu ser o autor de uma mensagem escrita em árabe que fazia referência ao autoproclamado Estado Islâmico, encontrada, a par com uma bandeira do grupo extremista, junto da carrinha utilizada no ataque ocorrido perto do memorial do World Trade Center.
Este julgamento é o primeiro a nível federal do mandato de Joe Biden em que está em causa a pena de morte.
Eleito em novembro de 2020, o Presidente democrata tinha prometido durante a sua campanha trabalhar para abolir a pena de morte a nível federal, sem impedir aquelas decididas pelos estados.
No entanto, num documento judicial de 16 de setembro de 2022 sobre este caso, o procurador distrital de Manhattan, Damian Williams, reconheceu a decisão do Departamento de Justiça de "continuar a pedir a pena de morte", uma posição decidida ainda durante o mandato de Donald Trump (2017-2021).
Segundo a procuradoria de Manhattan, os debates para definir a sentença começarão em 06 de fevereiro, com o mesmo júri de doze pessoas, que terão de ser unânimes para condenar Saipov à pena de morte.
A pena de morte foi abolida no Estado de Nova Iorque, mas pode ser aplicada no caso de um julgamento federal. No entanto, a última execução ocorreu há várias décadas neste Estado.
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