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Energia nuclear? Hungria vai vetar sanções da UE contra Rússia

Em causa está uma medida que tem já vindo a ser bloqueada por Budapeste, porque tal afetaria os planos de ampliação da sua única central atómica, em curso com ajuda de Moscovo.

Energia nuclear? Hungria vai vetar sanções da UE contra Rússia
Notícias ao Minuto

09:05 - 27/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A Hungria vai vetar quaisquer potenciais sanções da União Europeia que possam afetar o setor russo da energia nuclear, segundo avançou o primeiro-ministro do país, Viktor Orban, à rádio estatal do país, reporta a Reuters.

A posição do país surge depois de a Ucrânia ter pedido aos 27 Estados-membros para incluírem a companhia nuclear estatal russa, a Rosatom, no leque de sancionados.

Em causa está uma medida que tem, no entanto, vindo a ser bloqueada por Budapeste, porque tal afetaria os planos de ampliação da sua única central atómica, em curso com ajuda de Moscovo.

A propósito deste tema, Viktor Orban veio agora, assim, reforçar, numa entrevista, que eventuais sanções sobre a energia nuclear russa "devem obviamente ser vetadas".

E elaborou: "Não permitiremos que o plano que inclui a energia nuclear nas sanções seja implementado". "Isso está fora de questão", destacou ainda.

Recorde-se que a Hungria, apesar de ser um Estado-membro do bloco europeu, tem vindo a criticar repetidamente a aplicação de sanções, por parte da União Europeia, à Rússia, na sequência da invasão do país sobre a Ucrânia.

Apesar do governo húngaro argumentar que tais medidas correm o risco de destruir a economia europeia, sem que tenham impacto significativo nas dinâmicas militares russas, os países ocidentais têm vindo a fazê-lo. A Rosatom tem, no entanto, ficado de fora de tais medidas. 

As preocupações da Hungria nesse sentido estão, nomeadamente, relacionadas com a central nuclear húngara de Paks, que recebe o combustível nuclear de Moscovo. E, no âmbito de um acordo assinado em 2014 entre ambos os países, está prevista a expansão da capacidade de produção desta central.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Explosões registadas perto da central nuclear de Zaporíjia, diz AIEA

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