Ucrânia. Rússia nega escassez na produção de munições e mísseis

A Rússia negou hoje que as tropas que participam na campanha militar na Ucrânia enfrentam escassez de munições e mísseis, e garantem que o país até aumentou a produção de material bélico.

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© Mikhail Svetlov/Getty Images

Lusa
27/01/2023 08:58 ‧ 27/01/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"É uma completa asneira o que dizem os nosso inimigos sobre a Rússia: 'que nos estão a acabar os mísseis, as munições e outras coisas'", disse Serguei Chemezov, diretor geral do consórcio estatal Rostec numa entrevista à agência oficial russa RIA Novosti.  

O Rostec agrupa mais de 800 empresas, muitas de indústria militar em que trabalham um total de 600 mil pessoas. 

Chemezov acrescentou que, por indicação do Ministério da defesa, o consórcio "aumentou várias vezes a produção de munições - em alguns casos - dezenas de vezes".

Mesmo assim, o responsável admitiu "ser elevado" o gasto em munições "de todo o tipo": balas para armas ligeiras, projéteis de artilharia, para tanques e também mísseis.  

Por outro lado, sublinhou que o principal esforço das empresas do consórcio Rostec concentra-se no cumprimento dos pedidos do Ministério da Defesa da Rússia e que não tem a intenção de "ceder posições ao nível do mercado internacional de armamento".  

A empresa Rosoboronexport, exportadora de armas da Rússia (integra o consórcio Rostec), "vai continuar a trabalhar nas encomendas planificadas pelo chefe de Estado (Vladimir Putin) e pelo Governo", disse ainda Chemezov. 

"Em geral, posso dizer que estamos a cumprir, apesar dos entraves que nos colocam os países inimigos. Não vamos ceder a nossa posição no mercado mundial de armamento", disse. 

Nos últimos 10 anos, a Rússia exportou anualmente cerca de 15.000 milhões de dólares em armamento, dos quais 13.000 milhões correspondem às vendas operadas pela Rosoboronexport.

Leia Também: Explosões registadas perto da central nuclear de Zaporíjia, diz AIEA

 

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