Mohammad Ghobadlou, 22 anos, foi julgado em outubro de 2022 e condenado por "corrupção na terra" e por um ataque a agentes da polícia que terá provocado a morte de um deles, durante as manifestações em meados de setembro pela morte da jovem curda, também de 22 anos, Mahsa Amini.
O Supremo Tribunal de Justiça iraniano confirmou a pena de morte a 24 de dezembro, mas decidiu suspender a execução da decisão até que o caso do homicídio do agente da polícia seja devidamente investigado, anunciou o Mizan Online, órgão oficial do poder judiciário iraniano.
A família pediu entretanto clemência, alegando que Mohammad Ghobadlou sofre de transtorno bipolar.
O Irão está a ser abalado por um movimento de protesto desencadeado pela morte de Mahsa Amini, a 16 de setembro de 2022, três dias depois de ser presa pela polícia dos costumes por suposto uso indevido do 'hijab', o véu islâmico, violando o rígido código de vestuário da República Islâmica do Irão.
Centenas de pessoas, incluindo membros das forças de segurança, foram mortas e milhares de outras detidas. Quatro homens foram executados, o que causou protestos internacionais.
A justiça iraniana já condenou um total de 18 pessoas à pena de morte pela participação nos protestos, segundo uma contagem feita pela agência noticiosa France-Presse (AFP) a partir das informações oficiais.
Teerão considera que os protestos dos últimos meses são "motins" encorajados por países e organizações hostis ao Irão.
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