Personalidades apelam ao apoio a iranianos que desafiam repressão

Centenas de personalidades internacionais, de laureados com o prémio Nobel a atores, publicaram hoje um apelo conjunto a um apoio "inabalável" aos iranianos que protestam contra o regime do país e desafiam a repressão.

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Lusa
01/02/2023 21:55 ‧ 01/02/2023 por Lusa

Mundo

Irão

Publicado pela organização não-governamental (ONG) norte-americana "Freedom House", o apelo estima que "o triunfo da liberdade no Irão poderia relançar a onda global de democratização, que era tão forte no final do século XX mas que enfraqueceu face ao contra-ataque autoritário".

Assinada por 480 personalidades, incluindo a escritora bielorrussa laureada com o Prémio Nobel (2015) Svetlana Alexievich, a ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton e o ator Richard Gere, a declaração sublinha que os manifestantes "merecem o apoio total dos amantes da liberdade de todo o mundo".

A sua vitória "seria o sinónimo da libertação de um regime que nega eleições livres, liberdade de expressão, aplicação justa da lei e liberdade pessoal em áreas tão simples como a escolha de vestuário", diz a declaração.

O apelo salienta também que "acabar com o sistema de misoginia da República Islâmica seria um ponto de viragem global na longa marcha para um mundo onde as mulheres serão tratadas em pé de igualdade".

A onda de protestos contra o regime teocrático do Irão começou após a morte de Mahsa Amini em setembro de 2022. A jovem tinha sido presa por alegadamente violar o rigoroso código de vestuário das mulheres.

O desafio ao regime tem continuado desde então, apesar de uma feroz repressão que resultou na execução de quatro homens e na prisão de pelo menos 14.000 pessoas, segundo a ONU.

Entre as personalidades iranianas que assinaram a declaração estão alguns dos exilados que mais apoiam o movimento de protesto, como a dissidente Masih Alinejad, que vive nos Estados Unidos, a atriz Golshifteh Farahani, que vive em França, o futebolista Ali Karimi e o filho do deposto xá do Irão Reza Pahlavi.

A declaração diz que os governos deveriam impor sanções a todos os funcionários iranianos envolvidos na repressão, incluindo o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, e que os Guardas da Revolução deveriam ser classificados como uma organização terrorista.

Os signatários apelam também aos líderes dos "governos democráticos" para "receberem os líderes da oposição" iraniana em "reuniões anunciadas publicamente".

Leia Também: Justiça suspende execução de pena de morte de manifestante no Irão

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