Marinha brasileira decide afundar porta-aviões no Atlântico

As autoridades brasileiras decidiram afundar o antigo porta-aviões 'Foch', da marinha francesa, que passou para as mãos do Brasil em 2000 e que está há muito tempo no mar em busca de um porto.

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© ANDRE BORGES/AFP via Getty Images

Lusa
02/02/2023 19:38 ‧ 02/02/2023 por Lusa

Mundo

Foch

"Tendo em conta os riscos envolvidos no reboque do navio e a deterioração da sua flutuabilidade (...), a única solução é abandonar o casco afundando-o de forma controlada", disse o Ministério da Marinha e da Defesa brasileiro, na quarta-feira à noite, numa declaração conjunta, acrescentando que, dado o seu estado, "um afundamento espontâneo" do casco era inevitável.

A decisão foi altamente controversa, uma vez que o casco de 266 metros de comprimento está cheio de amianto, tinta e outros resíduos tóxicos, de acordo com várias organizações ambientais.

Há 15 dias, a Marinha brasileira anunciou que tinha rebocado o velho porta-aviões no Atlântico, a 315 quilómetros da costa brasileira.

As autoridades disseram que tendo em conta o seu estado de degradação e o "elevado risco" que representa para o ambiente, não permitiria o seu regresso a um porto ou a águas territoriais brasileiras.

Várias organizações não-governamentais expressaram o seu receio de que o Brasil estivesse a cometer um "crime ambiental".

A Associação Robin Hood descreveu o antigo porta-aviões como um "pacote tóxico de 30.000 toneladas".

Construído nos finais da década de 1950 no estaleiro Saint-Nazaire, no oeste da França, o 'Foch' serviu a Marinha francesa durante 37 anos, e foi comprado em 2000 pelo Brasil, que lhe deu o nome de "São Paulo".

 

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