Cho, 57 anos, antigo assessor do ex-presidente Moon Jae-in, foi em tempos visto como uma estrela em ascensão na política sul-coreana com possibilidades de chegar à presidência.
Pouco depois da sua nomeação para o influente cargo de ministro da Justiça em 2019, teve de se demitir na sequência de alegações de favoritismo relativamente ao percurso educativo dos dois filhos.
Cho e a mulher foram acusados de terem falsificado documentos académicos para o filho e a filha para lhes dar uma vantagem nos procedimentos de admissão no ensino superior.
O escândalo originou protestos num país em que os jovens trabalham em ambientes escolares hipercompetitivos porque a licenciatura em universidades de elite é vista como crucial para as perspetivas de carreira.
O Tribunal Distrital Central de Seul declarou Cho culpado de falsificação de documentos e condenou-o a dois anos de prisão, e a uma multa de seis milhões de wons (4.460 euros, ao câmbio atual).
"A natureza dos seus crimes é grave, uma vez que os cometeu aproveitando a sua posição como professor universitário para obstruir os procedimentos de admissão durante muitos anos", disse o tribunal, citado pela agência francesa AFP.
Cho foi também considerado culpado de abuso de poder por interferir numa investigação de corrupção ao usar a sua influência.
O tribunal absolveu-o de várias acusações relacionadas com os investimentos suspeitos da sua família em participações privadas.
Mas o tribunal decidiu não enviar Cho para a cadeia de imediato, argumentando que não havia ameaça de fuga e que a sua esposa, Chung Kyung-shim, já estava a cumprir uma pena quatro anos de prisão pelas acusações relacionadas com os filhos.
Na mesma decisão de hoje, o tribunal condenou a mulher de Cho a mais um ano de prisão.
O ex-ministro anunciou a intenção de recorrer da sentença.
A acusação, que tinha pedido cinco anos de prisão para Cho, deverá também recorrer da decisão, noticiou a agência sul-coreana Yonhap.
Cho, um famoso professor de Direito na prestigiada Universidade Nacional de Seul, foi secretário presidencial para os assuntos civis entre 2017 e 2019.
Em setembro desse ano, foi nomeado ministro da Justiça, cargo a que renunciou após 35 dias por causa do escândalo relacionado com os filhos.
Yoon Suk-yeol, o antigo procurador-geral que indiciou Cho Kuk, ganhou as eleições presidenciais sul-coreanas em 2022.
Leia Também: Coreia do Sul e EUA realizam exercícios de simulação nuclear em fevereiro