Segundo o documento, os países mais perigosos para o exercício da profissão e em que foram assassinados mais profissionais foram a Ucrânia (12), México (11), Haiti (sete), Paquistão (cinco), Colômbia e Filipinas (ambos com quatro).
No relatório, a FIJ dá conta dos nomes de 387 jornalistas e outros profissionais de imprensa que estão atualmente detidos em prisões, o maior número desde que a FIJ começou a publicar as listas de profissionais presos, o que acontece desde o Dia Internacional dos Direitos Humanos, há dois anos.
China e Hong Kong lideram a lista, com 84 detidos, à frente de Myanmar (ex-Birmânia) com 64, Turquia (51), Irão (34) e Bielorrússia (33).
"O relatório não é apenas sobre os níveis de violência contra jornalistas e outros profissionais de imprensa indicados pelo grande número de ataques contra eles, mas também sobre as causas subjacentes", disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger.
"Os pormenores contidos neste relatório servem como prova da variedade de ameaças, atos reais de violência e da cultura de impunidade que explicam a persistente crise de segurança no jornalismo", acrescentou.
A FIJ sublinha que a falta de ação e vontade política para enfrentar a impunidade por crimes cometidos contra jornalistas está a contribuir para a atual crise de segurança nos 'media', pelo que pediu a realização de uma Convenção Internacional nas Nações Unidas dedicada à proteção de todos os profissionais da comunicação social.
Fundada em 1926 e com sede em Bruxelas, a FIJ é a maior organização de jornalistas do mundo, representando mais de 600.000 profissionais de 187 sindicatos e associações em mais de 140 países.
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