O presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, discursou perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, esta quinta-feira, começando com palavras de gratidão. "Quero agradecer pela atenção que me foi dedicada e a atenção que está a ser dedicada à Ucrânia. Quero agradecer de todo o meu coração", começou por dizer, sendo acompanhado por palmas a cada frase.

Aludindo aos valores europeus, Zelensky recordou que "esta é a nossa Europa, as nossas regras", descrevendo a União Europeia como "livre" e "uma Europa moderna", da qual espera fazer parte em breve.

"É a forma de vida e de viver europeias. São as regras europeias, em que cada indivíduo tem liberdade. Querem destruir a maneira europeia da Ucrânia. Não o vamos permitir", garantiu. "Esta é a nossa casa", disse o chefe de Estado ucraniano e fazer parte da União Europeia "será o regresso a casa, o caminho para voltarmos até casa". 

Guerra "não é apenas territorial"

Perante o Parlamento Europeu, Zelensky sublinha que a invasão da Ucrânia por parte da Rússia "não é apenas uma questão territorial", pois Vladimir Putin "é um ditador", que lidera um país onde "140 milhões de cidadãos russos são apenas corpos, são carne para canhão".

"Temos de ansiar pela paz. E isso só será possível se conseguirmos inibir as forças antieuropeias que estão a tentar destruir o projeto europeu".

O líder ucraniano aproveitou novamente para agradecer aos aliados pelo apoio que tem dado à Ucrânia. "Sem vocês não era possível. Sem vocês, sem as vossas decisões, defender o modo de vida europeu, defender o projeto ucraniano europeu não era possível", sublinhou.

"Vitória comum"

Mas o discurso não é apenas direcionado a quem está presentes no local. "Cada um de nós é importante. Cada um de vós é capaz de ter impacto e influência no resultado final, na nossa vitória comum".

E ao sinal de mais uma salva de palmas, Zelensky não hesita: "Estes aplausos não são para mim", afasta, pedindo que sejam dirigidos ao povo ucraniano - "Eles é que merecem".

A completar um ano a 24 de fevereiro, o presidente ucraniano recorda o início da invasão. "A Rússia estava empenhada em derrubar-nos, em derrubar a Europa. Não contavam com a nossa resistência", atirou. "Não estamos a perder, estamos sim a mudar as coisas. Para fazer com que a Europa continue a ser a Europa", rematou.

Ao concluir o discurso, foi presenteado com a bandeira da União Europeia.

[Notícia atualizada às 10h35]

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