Volodymyr Zelensky assinalou esta quinta-feira 351 dias desta guerra, no final da sua intervenção no Conselho Europeu, durante uma conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas (Bélgica).
O presidente ucraniano disse que já muito se ouve a língua ucraniana na Europa e nestes encontros, e que tal acontecerá com mais frequência assim que o país entrar na União Europeia (UE).
"Quero que entendam a essência do que foi falado [na reunião]. A paz duradoura na Europa será estabelecida só depois da vitória da Ucrânia e depois da adesão à Europa e à NATO", disse, frisando o apoio da UE", afirmou.
Zelensky agradeceu, mais uma vez, o apoio militar dado à Ucrânia, mas frisando a falta de sanções à Rússia, nomeadamente na área da IT, que tem permitido ao país continuar a fomentar a indústria de mísseis e drones.
Por fim, o líder agradeceu aos "amigos" europeus o acolhimento de ucranianos, um pouco por todos os países, assim como o apoio em termos de financiamento e armamento para combater a invasão russa.
O presidente da Ucrânia exortou a União Europeia (UE) a incluir a "indústria de 'drones' e mísseis" nas sanções contra a Rússia e vai insistir com cada estado-membro sobre a necessidade de enviar aeronaves de combate.
"É do interesse de todos, não só dos ucranianos, que a Rússia não consiga produzir mais mísseis para atacar as nossas cidades", sustentou Volodymyr Zelensky.
Por isso, Zelensky exortou os 27 a incluírem no próximo pacote "sanções contra a indústria de 'drones' e de mísseis", assim como o "apoio tecnológico que está a suportar o terror russo".
Uma decisão de UE nesse sentido vai "reduzir a destruição e remover a fonte dos ataques perigosos" perpetrados por Moscovo, argumentou.
"Agradeço a todos os que estão a ajudar, agradeço a todos os que percebem o quanto a Ucrânia precisa de ajuda agora. Precisamos de artilharia, munições, tanques modernos, mísseis de longo alcance, aviões modernos. (...) Precisamos de fortalecer as dinâmicas da nossa cooperação mais vigorosamente do que o agressor consegue mobilizar o seu potencial", disse.
[Notícia atualizada às 13h28]
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