De acordo com a Afad, organismo de socorro turco, 17.134 cadáveres foram, até agora, retirados dos escombros na Turquia, e 3.317 corpos foram resgatados na Síria, segundo as mais recentes contagens oficiais e dos profissionais médicos.
Estes números elevam para 20.451 o total de mortos nos dois países atingidos pelo sismo de 7,8 de magnitude na escala de Richter, a que se seguiram algumas réplicas de quase igual intensidade e, ao todo, mais de uma centena.
A Afad indicou também que na Turquia se registaram 70.347 feridos.
Milhares de edifícios ficaram destruídos de um lado e doutro da fronteira, e as equipas de socorro prosseguem as operações para encontrar pessoas nos escombros, apesar de ultrapassado o período crucial de 72 horas após o sismo para resgatar sobreviventes, e de um frio glacial a agravar mais ainda a situação.
Mesmo quem escapou, enfrenta agora condições de vida muito difíceis por estar deslocado ou desalojado. Por exemplo, na cidade turca de Gaziantep, no sul do país, as temperaturas desceram hoje até aos -5 graus centígrados.
Em contrapartida, nos campos do norte da Síria, onde vivem em tendas, os refugiados tomaram consciência de ter tido sorte, no meio do azar.
"O sismo foi aterrador, mas os habitantes agradeceram a Deus por viverem em tendas, depois de terem visto o que aconteceu à sua volta", declarou uma refugiada do campo de Deir Ballout, Fidaa Mohammad, citada pela agência de notícias francesa AFP.
[Notícia atualizada às 19h45]
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