Síria. Maioria de civis entre os 11 mortos em ataque atribuído a EI

Pelo menos 11 pessoas, na maioria civis, foram mortas no sábado num ataque atribuído ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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© DELIL SOULEIMAN/AFP via Getty Images

Lusa
12/02/2023 13:13 ‧ 12/02/2023 por Lusa

Mundo

Síria

Segundo o OSDH, com sede no Reino Unido e que dispõe de uma vasta rede de fontes e ativistas na Síria, o grupo jihadista "atacou cerca de 75 pessoas" que se encontravam a trabalhar em campos agrícolas na região de Palmira, perto de Homs, (oeste da Síria).

"O ataque matou 10 civis, entre eles uma mulher, e um membro das forças do regime" sírio, desconhecendo-se o paradeiro de várias outras pessoas, adiantou o observatório.

A imprensa oficial síria também deu conta do ataque, mas avançando com um balanço menor, quatro mortes, uma delas uma mulher.

"Os terroristas do EI abriram fogo com metralhadoras e mataram quatro civis", reportou a agência noticiosa oficial Sana, adiantando que 10 outras pessoas ficaram feridas, "algumas com gravidade".

Nos últimos meses, o EI tem intensificado os ataques, apesar da perda dos redutos que deteve na Síria e dos golpes infligidos pela coligação internacional que combate os grupos 'jihadistas', liderada pelos Estados Unidos.

Segundo o OSDH, o EI aproveita-se do facto de os habitantes de zonas rurais remotas se aventurarem em trabalhos agrícolas.

Em abril de 2021, pelo menos 19 pessoas, na sua maioria civis, foram raptadas pelo grupo 'jihadista' numa província do centro do país enquanto trabalhavam em zonas agrícolas.

A Síria vive uma guerra civil desde 2011, desencadeada pela repressão às manifestações pró-democracia, que deixou meio milhão de mortos, desalojou milhões e fragmentou o país.

Na passada segunda-feira, o noroeste da Síria, tal como grande parte do sul a Turquia, foram atingidos por dois fortes sismos que, segundo os dados mais recentes, provocaram a morte a mais de 28.000 pessoas.

Leia Também: Síria sem meios para acudir a vítimas de sismo, diz religiosa portuguesa

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