Explosões nos Nord Stream? Rússia diz que NATO devia realizar cimeira
A posição russa surge depois de Seymour Hersh, jornalista de investigação vencedor de um Prémio Pulitzer em 1970, ter dito, numa publicação num blogue, na quarta-feira, citando uma fonte não identificada, que mergulhadores da Marinha norte-americana tinham provocado tais explosões
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
A Rússia defendeu, este domingo, que a NATO deveria realizar uma cimeira de emergência para debater as recentes descobertas sobre as explosões do passado mês de setembro nos gasodutos Nord Stream, reporta a Reuters.
A posição russa surge depois de Seymour Hersh, jornalista de investigação vencedor de um Prémio Pulitzer em 1970, ter dito, numa publicação num blogue, na quarta-feira, citando uma fonte não identificada, que mergulhadores da Marinha norte-americana tinham provocado tais explosões, sob ordens do presidente Joe Biden.
Em causa está uma acusação que foi imediatamente rejeitada pela Casa Branca, que disse ser "totalmente falsa e uma completa ficção" a alegação de que os Estados Unidos estavam por detrás das explosões dos gasodutos Nord Stream, que direcionam gás russo para a Alemanha.
"Há aqui factos mais do que suficientes: a explosão do gasoduto, a presença de um motivo, provas circunstanciais obtidas por jornalistas", defendeu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, numa publicação na rede social Telegram. E questionou, a este propósito: "Então, quando ocorrerá uma cimeira de emergência da NATO para rever a situação?"
De recordar que a Suécia e a Dinamarca, em cujas zonas económicas exclusivas ocorreram as explosões, concluíram que os gasodutos sofreram danos na sequência de explosões deliberadas - não indicando, no entanto, quem seriam os responsáveis por tal ato.
Já anteriormente, os Estados Unidos e a NATO tinham classificado o incidente como se tratando de um "ato de sabotagem" russo. Por outro lado, Moscovo atribuiu as responsabilidades pelo sucedido ao Ocidente. Destaque-se que, no entanto, nenhum dos lados forneceu provas que comprovassem as suas alegações.
As explosões citadas ocorreram em plena guerra na Ucrânia, que teve início no passado dia 24 de fevereiro. Segundo o mais recente cálculo da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de sete mil civis perderam a vida na sequência deste conflito, ao mesmo tempo que reconhece que tais números devem ficar bastante aquém da realidade.
Leia Também: MNE do G7 devem reunir dia 18 na Alemanha para discutir guerra na Ucrânia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com