A reorganização está em "consonância com a ideia do Partido dos Trabalhadores da Coreia de construir um exército poderoso", disse a KCNA, citada pela agência espanhola Europa Press.
O anúncio foi feito após a Coreia do Norte ter realizado um desfile militar na semana passada, para assinalar o 75.º aniversário da fundação do Exército Popular da Coreia (KPA, na sigla em inglês), exibindo mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) e outras armas avançadas, bem como novas unidades militares.
"Muitas unidades de serviços e armas do KPA foram expandidas e reorganizadas, grandes tarefas operacionais de combate foram-lhes atribuídas", disse a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês), citada pela agência sul-coreana Yonhap.
As medidas foram exigidas por novas situações e alterações nas missões estratégicas e táticas de unidades globais, disse a KCNA, sem especificar de que forma as unidades militares foram expandidas ou o que motivou a medida.
Numa declaração em língua inglesa, a KCNA disse também que a Coreia do Norte redesenhou as cores das unidades militares, que "demonstraram plenamente a sua dignidade e honra no desfile militar" para celebrar o aniversário do KPA.
O regime de Kim Jong-un prometeu anteriormente expandir e intensificar os exercícios militares, e aperfeiçoar a prontidão para a guerra em resposta a exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, há uma semana, envolvendo meios estratégicos.
Num discurso durante o desfile, Kim disse que o exército norte-coreano "é forte em ideologia e fé".
Disse também que o KPA é "capaz de derrotar qualquer inimigo formidável com um só golpe", referindo-se ao seu armamento.
A Península da Coreia esteve sob domínio do Japão entre 1910 e o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em 1945, tropas da então União Soviética ocuparam o norte da península e os Estados Unidos instalaram-se no sul, com o paralelo 38 a dividir as suas partes.
Sem acordo entre as fações nacionalistas coreanas para a fundação de um único país, o Norte invadiu o Sul em 1950, com apoio da União Soviética e da China.
A ONU enviou uma força para defender o Sul em que participaram 15 países, embora os Estados Unidos tenham sido os grandes contribuidores.
A guerra da Coreia, que durou até 1953, terá provocado pelo menos 2,5 milhões de mortos, de acordo com várias estimativas.
As duas partes nunca assinaram um acordo de paz, pelo que tecnicamente continuam em guerra.
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