A Moldova fechou temporariamente o seu espaço aéreo, esta terça-feira, depois de a chefe de Estado, Maia Sandu, ter acusado a Rússia de estar a planear um golpe de Estado naquele país, com a ajuda de cidadãos da Bielorrússia, Sérvia e Montenegro.
A informação foi avançada pela companhia aérea estatal Air Moldova, que revelou, através da sua página na rede social Facebook, que, "neste momento, o espaço aéreo da República da Moldávia está fechado".
"Caros passageiros, aqueles que estiverem no aeroporto, a bordo ou em voos programados para hoje, por favor mantenham-se calmos e sigam os painéis informativos do aeroporto e online", complementou a entidade.
Segundo Maia Sandu, o plano da Rússia “visa usar elementos subversivos com treino militar, vestidos à civil, para organizar ações violentas, ataques a algumas instituições do Estado e tomar reféns” na Moldova.
Nessa linha, e de acordo com a chefe de Estado, o objetivo passará por "minar a ordem constitucional e transformar o poder legítimo de Chisinau em ilegítimo para colocar o país à disposição da Rússia".
Contudo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo negou, esta terça-feira, qualquer "plano de desestabilização da Moldova", acusando a Ucrânia de estar por trás desta "desinformação" para alimentar as tensões entre Moscovo e as autoridades moldavas.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 7.155 civis desde o início da guerra e 18.817 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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