Segundo a agência de notícias TASS, a embaixada russa disse esta quinta-feira aos EUA que estes devem tentar provar que o país não esteve envolvido na explosão dos oleodutos Nord Stream 1 e 2 no final de setembro do ano passado.
Os dois oleodutos, que ligavam a Rússia ao resto da Europa Ocidental, foram danificados em três zonas, perto da ilha dinamarquesa de Bornholm, no sul do Mar Báltico. No momento em que foram danificados, já não estavam a fornecer a Europa.
Num comunicado, a embaixada disse que Moscovo vê a sabotagem dos oleodutos como um ato de terrorismo e prometeu não se calar sobre o assunto.
Na semana passada, a câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag) debateu o ataque aos gasodutos Nord Stream após alegações feitas pelo jornalista de investigação norte-americano Seymour Hersch de que Washington está por trás da explosão daquela infraestrutura.
No final de setembro foram registadas fugas nos gasodutos nas imediações da ilha dinamarquesa de Bornholm, tendo as investigações feitas pelos países ribeirinhos confirmado que as fugas aconteceram na sequência de explosões provocadas deliberadamente.
Hersch publicou na semana passada um artigo no qual uma fonte anónima afirmava que a sabotagem foi realizada por agentes norte-americanos com a cumplicidade do Governo norueguês, informação desmentida tanto por Washington como por Oslo.
A Rússia já tinha acusado os países "anglo-saxónicos" de responsabilidade na sabotagem do Nord Stream, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a classificar as explosões como "ataque terrorista internacional".
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