O antigo presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Jimmy Carter vai começar a receber cuidados paliativos domiciliários, após ter decidido “passar o tempo que lhe resta em casa com a sua família”, anunciou, este sábado, o The Carter Center.
“Após uma série de curtas estadias hospitalares, o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, decidiu hoje passar o tempo que lhe resta em casa com a sua família e receber cuidados hospitalares em vez de uma intervenção médica adicional. Ele tem o apoio total da sua família e da sua equipa médica”, lê-se num comunicado divulgado nas redes sociais do The Carter Center, uma fundação criada em 1982 por Jimmy Carter e a mulher, Rosalynn.
O democrata, de 98 anos, revelou em 2015 que, durante uma cirurgia para remover um tumor que tinha no fígado, se descobriu que o cancro se tinha espalhado para o cérebro.
“A família Carter pede privacidade durante este período e agradece a preocupação demonstrada pelos seus muitos admiradores”, acrescenta a nota.
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— The Carter Center (@CarterCenter) February 18, 2023
Carter foi o 39.º presidente dos Estados Unidos da América, cargo que ocupou entre 1977 e 1981.
Artífice dos acordos de Camp David que em março de 1979 conduziram à assinatura do tratado de paz israelo-palestiniano, foi vivamente criticado no seu país pela tomada de reféns norte-americanos no Irão em 1979-1980.
Após abandonar a Casa Branca, Jimmy Carter fundou o Carter Center em 1982, para promover o desenvolvimento, a saúde e a resolução de conflitos no mundo.
Em 2002 recebeu o Prémio Nobel da Paz, designadamente "pelas décadas de esforços infatigáveis com o objetivo de encontrar soluções pacíficas aos conflitos internacionais".
Em 2018, aos 94 anos, tornou-se o presidente norte-americano vivo mais velho da história, após a morte de George H. W. Bush, segundo recorda a CNN Internacional. Já em 2019, confrontado com uma série de problemas de saúde, tornou-se no primeiro presidente norte-americano da história a atingir os 95 anos.
[Notícia atualizada às 23h26]
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