O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou este domingo à Turquia para discutir e assistir ao apoio humanitário que está a ser realizado no país, depois do sismo devastador que fez mais de 40 mil mortos na região.
Blinken viajou de helicóptero com o seu homólogo, o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, pelas zonas mais atingidas pelo terramoto.
O secretário norte-americano sobrevoou a região de Kahramanmaras, perto do epicentro do terramoto de 7,8 na escala de Richter, onde continuam os trabalhos para limpar os destroços e procurar vítimas entre os escombros dos edifícios.
Segundo a agência Reuters, Blinken irá discutir com as autoridades turcas a assistência providenciada pelos Estados Unidos, que é um aliado da Turquia no âmbito da NATO, de modo a apoiar os milhões de pessoas que ficaram desalojadas e a reabilitar a economia gravemente impactada pelo desastre.
Os Estados Unidos já enviaram equipas de apoio e resgate, com medicamentos e máquinas, assim como 85 milhões de dólares em assistência humanitária.
O apoio também inclui a Síria, onde as organizações não-governamentais têm alertado para uma situação ainda mais crítica. O norte da Síria foi também gravemente afetado pelo sismo, sendo que a população, que já se encontrava em condições de vida extremamente difíceis devido à guerra que dura há mais de onze anos, encontra-se ainda mais fragilizada.
O facto de o norte ser, em parte, controlado por grupos pró-democráticos que se opõe ao regime de Bashar al-Assad, e que são apoiados pelos EUA, também tem dificultado a capacidade de o apoio chegar à população.
Na agenda dos Estados Unidos está também a adesão da Suécia e da Finlândia à aliança transatlântica, que a Turquia tem vetado, especialmente a dos suecos, devido às reticências de Estocolmo em declarar o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), que defende os direitos da minoria curda no leste do país, como uma entidade terrorista.
Na segunda-feira, espera-se que Blinken reúna com o presidente tuco, Recep Tayyip Erdoğan.
Em cima da mesa também estão as relações da Turquia com a Rússia. Apesar dos EUA terem elogiado a capacidade de mediador da Turquia no conflito entre Kyiv e Moscovo, Ancara continua a comprar armamento à Rússia, o que motiva desconfiança por parte da diplomacia norte-americana.
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