Um homem, que foi acusado de rapto depois de ter mantido uma mulher refém durante quase um ano, no início deste mês, terá perseguido mulheres nos últimos 30 anos e criado várias identidades falsas.
O norte-americano James Parrillo foi detido no dia 7 deste mês, quando a mulher conseguiu escapar da residência que partilhavam em Burlington, em Nova Jérsia, nos Estados Unidos, e ter chegado a um posto de combustível para pedir ajuda. A mulher terá dito à polícia que conheceu Parrillo - que conhecia pelo nome de Brett Parker - numa bomba de gasolina no Novo México, em fevereiro do ano passado, e concordou em dar-lhe boleia para o Arizona. Os dois começaram a ter uma relação durante cerca de um mês, até ele a ter agredido fisicamente, isolando-a do mundo.
Agora, segundo noticia a plataforma CrimeOnline, este caso não é o único a envolver James Parrillo. Um artigo do Outside's Backpacker de 17 de dezembro de 2019, citado pelo site, já indicava que o homem cometia crimes semelhantes pelo menos desde 1993.
Em 1993, Parrillo usou o nome de Angelo Anthony DeCompo e disse a uma mulher na Flórida que era o filho milionário de um chefe da máfia. O homem colocou a mulher num carro novo dos pais da vítima e partiu numa viagem, que chegou a ser descrita como um "terror" por seis estados dos EUA. A mulher foi espancada repetidamente durante a viagem, até ao desaparecimento do suspeito.
Já em 1997, Parrillo foi detido na Virgínia por suspeitas de ameaçar o então presidente Bill Clinton e, no início dos anos 2000, foi condenado por ajudar uma mulher a sequestrar os seus dois filhos pequenos.
Além de outras histórias, nas quais é suspeito de falsificar identidades, em 2018 também terá sequestrado outra mulher, que entretanto já morreu. A vítima chegou a contar que o homem disse ser um marinheiro e mergulhador aposentado e que havia vendido uma casa por milhões de dólares. Acabou também por sequestrar a mulher, espancá-la e violá-la durante meses.
Parrillo chegou a ser detido, mas o processo não avançou. Já depois disso, o homem terá criado uma página de Facebook, na qual dizia ser vítima de um cancro num estágio avançado.
Alguns grupos online com pessoas que não esqueceram a cara do suspeito pedem agora que seja feita justiça.
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