"Jamshid Sharmahd, o líder do grupo terrorista de Tondar, foi condenado à morte por corrupção na terra ao planear e dirigir ações terroristas", refere-se na nota judicial.
O detido, de 66 anos, foi levado perante um tribunal em Teerão em fevereiro de 2022 sob a acusação de participar num ataque a uma mesquita em Shiraz, no sul, que matou 14 pessoas em abril de 2008.
O tribunal também o acusou de ter mantido contactos com "agentes do FBI e da CIA" e de ter "tentado contactar agentes israelitas da Mossad".
Os defensores de Sharmahd na Alemanha tinham rejeitado estas acusações em fevereiro de 2022, instando Berlim a "agir imediatamente" para "salvar a vida" daquele cidadão.
O Irão tinha anunciado em agosto de 2020 a detenção de Sharmahd, então residente nos Estados Unidos, numa "operação complexa", sem especificar onde ou como ou quando o suspeito foi detido.
Nascido em Teerão, Sharmahd vivia nos Estados Unidos desde 2003, onde era notoriamente conhecido pelas suas declarações anti-República Islâmica nos canais de satélite de língua persa.
Também conhecido como Associação Monárquica do Irão, o grupo Tondar ("Thunder" em persa) afirma querer derrubar a República Islâmica.
Teerão provocou uma onda de indignação internacional após a execução, em janeiro, de um antigo oficial de defesa, o irano-britânico Alireza Akbari, condenado por espionagem.
O Irão já condenou a ativista dos direitos humanos germano-iraniana Nahid Taghavi, de 67 anos, a 10 anos e 8 meses de prisão após a sua detenção em outubro de 2020, supostamente por pertencer a um grupo ilegal.
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