Dorin Recean, que tinha anunciado quando era ministro do Interior que o seu objetivo é a "desmilitarização da Transnístria" e a retirada dos militares russos do território, reafirmou o seu compromisso com "uma resolução pacífica do conflito" na região.
"Isso significa que a Rússia deve retirar armas e equipamentos. É importante que a Rússia cumpra o seu compromisso, e isso implica a desmilitarização, a retirada de armas e militares que estão ilegalmente no território moldavo", disse o primeiro-ministro da Moldova, em conferência de imprensa.
O chefe do Governo disse também que estava preparado para "diferentes cenários" depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter alertado que a Rússia estaria a tentar tomar o controlo do aeroporto internacional de Chisinau para "transportar equipamentos e tropas para o outro lado do rio Dniester".
"Existem vários cenários de desestabilização, que incluem diferentes elementos. Mas as nossas instituições estão preparadas para enfrentar estes desafios. Passámos por um período algo volátil e as instituições têm estado à altura. Temos uma sólida experiência", afirmou, sublinhando que o objetivo é "garantir a paz e a estabilidade, o que inclui também a outra margem do rio".
Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, aconselhou as autoridades moldavas a agir com muita cautela em relação à região separatista da Transnístria, onde estão forças de paz russas estacionadas desde 1992, quando um cessar-fogo mediado pela Rússia foi alcançado.
Somam-se a isso as queixas de Chisinau sobre um suposto plano desestabilizador russo, quando a Rússia está em guerra na vizinha Ucrânia.
A presidente da Moldova, Maia Sandu, descartou, no sábado uma "ameaça militar iminente" da Rússia contra o seu país, mas alertou sobre a guerra híbrida de Moscovo através da desinformação e pediu ajuda para a combater.
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