Criança de onze anos morre de gripe das aves no Camboja
A criança foi, também, o primeiro caso registado de infeção pelo vírus H5N1 desde 2014.
© Reuters
Mundo Gripe das aves
Uma criança de onze anos foi a primeira vítima de gripe das aves no Camboja em quase dez anos, anunciaram as autoridades locais, naquela que foi a primeira infeção pelo vírus desde 2014.
A rapariga era natural de uma aldeia na província de Prey Veng, no sudeste do país asiático. Segundo conta a Associated PRess, citando o Ministério da Saúde do Camboja, a jovem ficou doente no passado dia 16 de fevereiro, tendo sido internada em Phnom Penh, a capital.
Na quarta-feira, foi diagnosticada com gripe das aves, depois de os seus sintomas progredirem para uma febre de 39 graus, com muita tosse e dores de garganta.
A sua morte foi anunciada pouco depois, na noite de quarta-feira.
Já na quinta-feira, as autoridades de saúde do país no sudeste asiático informaram que estão a realizar testes às aves mortas numa área próxima da localidade da criança, de modo a determinar a fonte da infeção e do vírus H5N1. O governo pediu ainda que a população evitasse tocar em pássaros mortos ou doentes.
O ministro da Saúde, Mam Bunheng, avisou ainda que as crianças estão em maior risco de infeção e morte, especialmente as que, em zonas rurais do país, se alimentem de ovos e de carne de aves domesticadas.
O caso no Camboja é o primeiro desde 2014. Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2003 e 2014, o país registou 56 casos de infeção por H5N1, com 37 a resultarem na morte dos doentes.
Apesar do pânico inicial gerado pela descoberta e crescimento da gripe das aves em milhões de animais, a doença nunca se traduziu na epidemia que a OMS chegou a prever e o caso continua a servir como base das várias críticas feitas às avaliações da organização (que acabaram por se complicar quando a pandemia da Covid-19 surgiu).
Desde a sua descoberta em larga escala em 1997, a OMS registou 870 infeções de gripe das aves em humanos, com 457 mortos em 21 países. Nos últimos sete anos, foram registados apenas 170 casos e 50 mortes em todo o mundo.
Em janeiro, foi registado um caso numa criança de nove anos no Equador, que sobreviveu após ser tratada com antivirais.
Ainda assim, o vírus tem sido detetado consistentemente nos últimos meses em várias espécies de animais, como lontras, martas e aves, forçando alguns países a abaterem milhões de animais. A presença da doença em outras espécies de animais tem motivado maiores preocupações por parte das autoridades de saúde, face ao risco que a doença possa espalhar-se mais facilmente para os humanos.
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