"Os esforços para estabelecer a justiça e a responsabilização pelas violações da lei internacional devem ser intensificados e aprofundados", afirmou Türk num comunicado que assinala um ano do início da invasão russa na Ucrânia.
Mas "é igualmente essencial que as vítimas possam obter reparações e assistência (...), sem terem de esperar pelos resultados de processos judiciais formais", acrescentou.
Türk foi à Ucrânia em dezembro e relatou o "sofrimento infligido à população" ucraniana.
"O número de vítimas civis é insuportável (...). Eu lamento o terrível custo humano deste conflito sem sentido", sublinhou, pedindo que a guerra termine agora.
Segundo a ONU, cerca de 18 milhões de pessoas precisam urgentemente de assistência humanitária e cerca de 14 milhões de pessoas tiveram de sair das suas casas.
Pelo menos 8.006 civis morreram e 13.287 ficaram feridos nos últimos 12 meses na Ucrânia, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
No entanto, esses são apenas os casos verificados pela ONU, estimando-se que o número real seja maior.
Segundo a chefe da Missão de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, "milhares" de outras pessoas morreram.
No comunicado, Türk apontou que os idosos e deficientes enfrentam enormes dificuldades, incapazes em alguns casos de chegar aos abrigos antiaéreos e que "a maioria dos que ficaram para trás nas áreas afetadas pelo conflito são idosos, que muitas vezes não querem ou são incapazes de sair".
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