Jens Stoltenberg avançou ainda que a reunião foi concertada com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Falando numa conferência em Tallin para assinalar o aniversário da independência da Estónia, mas também o primeiro aniversário da ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, Jens Stoltenberg disse ver "progressos no que respeita à histórica adesão da Suécia e Finlândia" à Organização do Tratado do Atlântico Norte, dando conta então da reunião que organizará dentro de algumas semanas no quartel-general da Aliança.
Recordando que "28 dos 30 Aliados já ratificaram os protocolos de adesão" da Suécia e Finlândia, o dirigente norueguês disse que, num encontro na semana passada, em Ancara, com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ficou acordado "recomeçar as conversações e marcar uma reunião entre Finlândia, Suécia e Turquia no quartel-general da NATO em meados de março", sob os seus auspícios, "para discutir a implementação do acordo de junho passado e como completar o processo de adesão".
Inicialmente, a Turquia vetou o alargamento da Aliança Atlântica, considerando que os dois países nórdicos mantêm uma política "muito tolerante" com as organizações armadas curdas, mas na cimeira da NATO realizada em Madrid em junho de 2022, Suécia, Finlândia e Turquia assinaram um memorando de entendimento para desbloquear a situação.
Relativamente ao outro país aliado que ainda não ratificou a adesão de Suécia e Finlândia, Stoltenberg comentou que "é positivo que o parlamento húngaro vá iniciar o processo de ratificação na próxima semana".
Os deputados húngaros vão debater o tema entre 06 e 09 de março antes de um voto separado para cada um dos dois países, tendo este debate sido adiado por diversas vezes devido a um "congestionamento" legislativo, com a oposição a acusar o Governo de Viktor Orbán de atrasar o processo.
"O nosso objetivo é que Finlândia e Suécia adiram tão brevemente quanto possível", sublinhou hoje uma vez mais o secretário-geral da NATO.
A Suécia e a Finlândia prescindiram da sua tradicional política de não-alinhamento militar e pediram a adesão à Aliança Atlântica na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
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