Meloni agradece luta de Kyiv "por um mundo livre"

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aproveitou o primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia, hoje assinalado, para agradecer aos cidadãos ucranianos pela sua luta por um "mundo livre".

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© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

Lusa
24/02/2023 14:07 ‧ 24/02/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"O mundo livre está em dívida com as mulheres e os homens da Ucrânia. A Itália está ao seu lado", disse a chefe do Governo italiano, num discurso em que elogiou o patriotismo dos ucranianos.

"Moscovo teve de enfrentar a reação heroica de um povo disposto a tudo para defender a sua liberdade e algo mais forte que mísseis e tanques: o amor pela sua pátria", disse Meloni, que na passada terça-feira esteve na Ucrânia e encontrou-se com o Presidente Volodymyr Zelensky.

A primeira-ministra italiana frisou ainda: "A Ucrânia não está e não estará sozinha, porque também defende os valores da liberdade e da democracia".

Durante a visita de Meloni a Kiev, o Presidente ucraniano criticou o ex-líder italiano Silvio Berlusconi pelas declarações recentes em que acusou a Ucrânia de ter iniciado a guerra na região do Donbass (leste ucraniano).

"A casa de Berlusconi nunca foi bombardeada, nunca chegaram tanques ao seu jardim, ninguém matou os seus familiares, ele nunca teve de fazer a mala às três da manhã. E tudo isso graças ao amor fraternal da Rússia", criticou Zelensky, citado pelo jornal italiano La Repubblica.

Nas últimas semanas, o antigo primeiro-ministro italiano, que é um dos principais aliados do Governo de Meloni, tem feito sucessivas declarações nas quais culpou a Ucrânia pela eclosão da guerra, como também reconheceu a sua boa relação com o Presidente russo, Vladimir Putin.

Nas declarações de hoje, Meloni centrou-se no elogio aos valores defendidos por Kiev "de onde nasce a identidade europeia", afastando-se das declarações polémicas de Berlusconi.

"São esses valores que precisamos de preservar, sem os quais apenas conta a força militar, fazendo com que cada Estado corresse o risco de ser invadido pelo vizinho", concluiu a primeira-ministra italiana.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, desencadeando uma guerra de larga escala que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Papa interroga-se sobre se já foi feito tudo para travar a guerra

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