Os presentes juntaram-se a Yevheniia Filipenko, embaixadora da Ucrânia na ONU. Centenas de manifestantes também se concentraram para testemunhar a sua solidariedade frente ao Palácio das Nações, onde na segunda-feira se inicia a 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH), onde a situação na Ucrânia será amplamente debatida.
Em Berna, capital federal, ou em Lausana também se registaram concentrações para assinalar a data.
"Foi um ano de sofrimentos indizíveis para milhões de ucranianos e de pessoas no mundo que sentiram as consequências da agressão da Rússia", declarou Filipenko.
"Esperemos que este ano seja o ano do triunfo do direito internacional, da justiça e da paz e o ano da vitória da Ucrânia", acrescentou sob aplausos.
No decurso da sessão do CDH -- que a Rússia preferiu abandonar antecipadamente em 2022 para evitar um voto de exclusão -- "a lista infelizmente interminável das violações dos direitos humanos cometidos pela Rússia na Ucrânia será abordada pelas numerosas delegações, para que o mundo possa conhecer a verdade sobre a atuação do Exército russo: mortes, detenções arbitrárias, violações", assinalou Filipenko.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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