"O Irão considera que os elementos refletidos neste documento são suficientes para iniciar negociações com vista a encontrar um quadro operacional para o fim das atividades militares na Ucrânia", indicou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.
O departamento da diplomacia de Teerão destacou a necessidade de pôr fim às "medidas unilaterais", em referência às sanções aplicadas pela comunidade internacional a Moscovo, na sequência da invasão na Ucrânia, e a Teerão, pela entrega de drones à Rússia para uso no conflito.
O Irão também mostrou vontade de "contribuir para uma resolução pacífica da crise", lê-se na nota que faz referência à Rússia apenas uma vez.
A China apresentou na sexta-feira um documento a explicar, em 12 pontos, a posição de Pequim para "uma solução política para a crise na Ucrânia", destacando a necessidade de "diálogo e negociações" e o "respeito pela soberania dos países".
A iniciativa contempla, além disso, o fim das hostilidades, o início de negociações, a troca de prisioneiros, a proteção de centrais nucleares e o levantamento de sanções.
O plano chinês foi recebido com ceticismo por vários países, com os Estados Unidos a comentarem que o documento se deveria ter ficado pelas duas primeiras linhas, que pedem respeito pela soberania dos países.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse na sexta-feira que a proposta de paz chinesa para a Ucrânia deve ser melhorada "para ser credível" e "para que a China não seja vista como parcial" no conflito.
O Irão e a Rússia mantêm laços políticos estreitos e as relações entre os dois países, que enfrentam sanções dos Estados Unidos, intensificaram-se no ano passado, após a invasão da Ucrânia.
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