Manifestantes exigem mais segurança no Burkina Faso após ataques
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Diapaga, no Burkina Faso oriental, para exigir "mais segurança", três dias após um ataque mortal a uma cidade vizinha, cujo número de mortos permanece desconhecido.
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Mundo Diapaga
"Os manifestantes, que saíram às ruas de Diapaga, na província de Tapoa, ergueram cartazes onde se lia "SOS", "Também temos direito à vida" e "O que é que se passa connosco, que fomos abandonados?"
No domingo, homens armados atacaram a cidade de Partiaga na província, matando várias pessoas, segundo os residentes e uma fonte de segurança.
Segundo o governador da região, Hubert Yameogo, que assegurou que seria estabelecido um balanço "o mais rapidamente possível", os alegados "terroristas cobardemente atacaram a população civil, saquearam e incendiaram bens materiais".
Segundo os residentes, as forças armadas do Burkina Faso abandonaram a cidade antes do ataque.
A manifestação visou "denunciar a inação das autoridades durante a tragédia de Partiaga e exigir proteção e mais segurança para todos", segundo um dos manifestantes, Issa Lankoandé.
"Somos cidadãos do Burkina Faso e não podemos ficar à mercê das hordas terroristas", acrescentou.
O Burkina Faso tem assistido a um ressurgimento da violência terrorista desde o início do ano, com dezenas de mortes - civis e soldados - quase todas as semanas.
Na semana passada, o exército anunciou 51 mortos numa emboscada contra soldados, em 17 de fevereiro, no extremo norte do país, naquele que foi o ataque mais mortal desde que o capitão Ibrahim Traore chegou ao poder num golpe no final de setembro de 2022.
Na segunda-feira, pelo menos 15 soldados morreram, ainda no norte, perto da fronteira do Mali, de acordo com fontes dos serviços de segurança.
A violência causou a morte de mais de 10.000 civis e soldados desde 2015 e cerca de dois milhões de pessoas deslocadas, segundo as organizações não-governamentais.
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