Ucrânia. França pede na reunião de G20 "paz justa e duradoura"

A ministra dos Negócios Estrangeiros de França instou hoje o G20, reunido em Nova Deli, a "apelar para uma paz justa e duradoura" na Ucrânia, considerando a guerra no país "baseada em mentiras".

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Lusa
02/03/2023 08:23 ‧ 02/03/2023 por Lusa

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Ucrânia

Numa intervenção, Catherine Colonna defendeu que a invasão russa da Ucrânia "violou todas as leis da guerra e da humanidade".

"O G20 deve responder claramente, como já o fez na cimeira de Bali e na Assembleia das Nações Unidas", disse a responsável, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros das 20 nações mais industrializadas do mundo.

A guerra na Ucrânia é um dos temas que domina a agenda do encontro. Uma das dificuldades da reunião vai ser chegar a acordo sobre uma declaração conjunta sobre a guerra, à semelhança do que foi alcançado durante a cimeira dos líderes do G20 em Bali, em novembro do ano passado, sob a presidência rotativa da Indonésia.

Este ano, a presidência do G20 cabe à Índia.

"Devemos encontrar formas de proteger os mais vulneráveis em vez de deixar que a guerra gerada pela Rússia prejudique toda a gente", acrescentou a chefe da diplomacia francesa.

Espera-se que os Estados Unidos e a União Europeia, por um lado, e a China e a Rússia, por outro, tomem uma posição, para que a Índia, na qualidade de presidente, ponha fim à crise geopolítica e económica causada pela invasão russa.

A posição do Governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que até agora não condenou explicitamente as ações da Rússia, é vista, em certas ocasiões, como um apoio velado ao Kremlin.

Isto apesar de, em setembro, Modi ter dito ao Presidente russo, Vladimir Putin, que não era tempo de guerra, uma declaração analisada como uma crítica à invasão da Ucrânia. A comunidade internacional espera agora que Nova Deli sirva de ponte para o isolamento internacional de Moscovo.

Para a reunião foram convidados os representantes das 20 nações do grupo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe da diplomacia chinesa, Qin Gang.

Leia Também: Ataque russo a edifício residencial em Zaporíjia faz pelo menos 2 mortos

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