As rãs-golias podem crescer até o tamanho de um gato, e são consideradas os maiores anuros - qualquer membro de um grupo diversificado e amplamente carnívoro de anfíbios - do mundo. São incrivelmente grandes e estão em vias de extinção.
É quase como segurar um bebé (humano), diz à BBC Cedrick Fogwan, que carregou uma delas numa missão de resgate.
O conservacionista camaronês ficou tão impressionado com as proporções quando viu uma, que, ao investigá-las, decidiu montar um projeto para lutar pelo futuro da espécie.
“Quando descobri que esta espécie era única – a maior do mundo – disse que era algo que não encontramos facilmente em nenhum outro lugar e fiquei orgulhoso disso”, disse.
Jinsi chura mkubwa zaidi duniani aliye hatarini kutoweka alivyookolewahttps://t.co/pF3rEqzog1
— BBC News Swahili (@bbcswahili) February 27, 2023
"As pessoas na área dizem que são abençoadas por ter algo assim; eles atribuem a isso um valor cultural", referiu ainda.
Durante décadas, as rãs-golias foram caçadas em excesso para alimentação e comércio de animais de estimação nos Camarões e na Guiné Equatorial, os dois países onde é encontrada. .
A rã é pouco conhecida pela ciência e, mesmo nos Camarões, muitos locais desconhecem o seu valor para o ecossistema - uma das suas funções é caçar insetos que danificam plantações.
Ainda segundo a BBC, a equipa de conservação trabalha para persuadir os caçadores a se tornarem cientistas cidadãos, registando a localização das rãs em vez de usá-las como alimento.
O trabalho de conservação começa a dar frutos, com as rãs-golias a regressar a novos rios na reserva do Monte Nlonako, nos Camarões.
O projeto para salvar a rã-golias é apoiado pelo Conservation Leadership Program (CLP) administrado pela Fauna & Flora International, BirdLife International e pela Wildlife Conservation Society.
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