Guterres insta grupo rebelde M23 a respeitar cessar-fogo na RDCongo

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, exortou, esta segunda-feira, o grupo rebelde M23 a cumprir um cessar-fogo na República Democrática do Congo (RDCongo) e retirar-se das "áreas ocupadas" no país em conflito.

Notícia

© Lusa

Lusa
06/03/2023 22:20 ‧ 06/03/2023 por Lusa

Mundo

RDCongo

"O Secretário-Geral exorta o M23 a respeitar o cessar-fogo de forma a criar as condições necessárias para a sua retirada plena e efectiva de todas as áreas ocupadas no leste da RDCongo, de acordo com as decisões da mini-cimeira da Luanda realizada em 23 de novembro passado", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, durante um 'briefing' à imprensa, em Nova Iorque.

Guterres "condena toda a violência contra civis e renova o seu apelo a todos os grupos armados congoleses e estrangeiros para que deponham as armas e se desarmem incondicionalmente", acrescentou.

A RDCongo acusa há anos Ruanda de apoiar o Movimento 23 de Março (M23), um grupo rebelde que ocupa várias áreas e é acusado de cometer atrocidades contra a população civil.

Especialistas da ONU corroboraram esse apoio ruandês no verão passado e vários países ocidentais, como os Estados Unidos, têm denunciado esse apoio, mesmo com Kigali a defender-se vigorosamente das acusações.

Em visita a Kinshasa - capital da RDCongo - no sábado, o Presidente francês, Emmanuel Macron, não condenou claramente Ruanda, mas emitiu advertências e pediu o fim dessa "agressão injusta e bárbara"

Em setembro, na Assembleia-Geral da ONU, o Presidente congolês, Félix Tshiseked, acusou Ruanda, liderado por Paul Kagame, de "agressão" militar "direta" e "ocupação" no leste da RDCongo através do seu suposto apoio ao M23.

Desde então, sob a égide da União Africana e do Presidente angolano João Lourenço, um plano de desescalada foi discutido e foi lançado um apelo em Addis Abeba, em 17 de fevereiro, pela África Oriental para uma "retirada de todos os grupos armados" no leste do país, antes de 30 de março.

O início do cessar-fogo foi agendado para 7 de março pelo mediador angolano, e Macron assegurou a Kinshasa que todos "apoiam claramente" esta trégua.

Leia Também: Conflito? Macron defende que RDCongo "não seja despojo de guerra"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas