Maioria das mulheres quer perspectiva de género na saúde, diz estudo

Um estudo espanhol conclui que 70% das mulheres acreditam que a perspetiva de género deve ser incluída na saúde para cuidados eficazes e, sendo o sexo decisivo na maioria das patologias, destaca como necessários diagnósticos e tratamentos diferenciados.

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Lusa
08/03/2023 06:35 ‧ 08/03/2023 por Lusa

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Estudo

O 'Relatório Especial de Tendências do Cofares', intitulado 'A perspetiva de género na saúde salva vidas', regista diferenças na saúde com base no género, como no caso de enfartes, cujos sintomas gerais são pressão ou dor no centro do peito e num ou ambos os braços. No entanto, nas mulheres, também pode causar falta de ar, náusea ou vómito e dor nas costas ou na mandíbula (no queixo).

Apesar da importância de conhecer os sintomas das patologias, 47% dos 1.000 entrevistados pelo Cofares - um observatório de tendências espanhol da área da saúde - afirmam desconhecer que os sintomas do acidente vascular cerebral (AVC), uma das principais causas de morte feminina, mudam consoante é homem ou mulher.

Estas diferenças de género também afetam os cuidados em casa: 7 em cada 10 mulheres afirmam estar mais atentas à saúde dos outros do que à sua própria, algumas até modificando as suas consultas de saúde para cuidar da família, segundo o estudo do grupo Cofares, distribuidor farmacêutico espanhol.

A situação agrava-se na faixa etária dos 36 aos 55 anos, a geração que cuida tanto dos filhos quanto dos pais, na qual a percentagem de mulheres que alteraram datas de consultas com o médico para atender a terceiros é de 37,7%, em comparação com 21,7% dos maiores de 55 anos, ou 28,6% dos menores de 35 anos.

O estudo também analisa a perceção das mulheres sobre o seu estado de saúde e, apesar de 60% afirmarem ter mais tempo para cuidar de si mesmas do que as gerações anteriores, 45% acreditam que as mães e avós tiveram um estado de saúde melhor.

A percentagem sobe para quase 54% entre os mais jovens, entre os 18 e os 35 anos, e também é mais elevada nas Canárias (64%), Estremadura (60%) e Castilla-La Mancha (59%).

O grupo Cofares destaca que a perceção de que a perspetiva de género deve ser aplicada na saúde confirma a literatura científica publicada desde 2020, com mais de 5.000 estudos que reconhecem o sexo como determinante na maioria das patologias.

Por isso, a distribuidora de medicamentos preconiza uma abordagem terapêutica específica na prevenção, cuidado e tratamento da mulher.

Leia Também: Associações de mulheres marcham em 12 cidades por mais direitos

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