Alemanha alerta que relatos sobre gasodutos podem ser "bandeira falsa"

O ministro da Defesa alemão alertou "contra conclusões precipitadas", após um jornal norte-americano ter revelado que um grupo pró-ucraniano pode ser responsável pelos ataques aos gasodutos Nord Stream 1 e 2.

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© Morris MacMatzen/Getty Images

Notícias ao Minuto
08/03/2023 11:23 ‧ 08/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, comentou, esta quarta-feira, as informações que dão conta de que um “grupo pró-ucraniano” é responsável pela sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, no mar Báltico. Segundo o responsável alemão, poderá tratar-se de uma “operação de bandeira falsa” para culpar a Ucrânia.

Em causa está uma notícia avançada, na terça-feira, pelo jornal norte-americano New York Times. Segundo a publicação, com base em informações dos serviços secretos, acredita-se que “um grupo pró-ucraniano” esteja por detrás da sabotagem. No entanto, não foram avançados quaisquer pormenores.

Em declarações à rádio alemã Deutschlandfunk, Pistorius considerou ser “necessário fazer uma distinção” sobre “se foi um grupo ucraniano, se aconteceu com ordens ucranianas, ou se foi um grupo pró-ucraniano sem conhecimento do governo”.

“Estou a advertir contra conclusões precipitadas”, disse, à margem de uma reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Estocolmo, na Suécia.

“Pode muito bem ter sido uma operação de bandeira falsa encenada para culpar a Ucrânia, uma opção mencionada também na comunicação social”, afirmou ainda, acrescentando que a “probabilidade para um ou outro é igualmente elevada”.

Ainda esta quarta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, considerou tratar-se de uma “campanha de desinformação”, levada a cabo pelos autores do ataque para “desviar as atenções”. O responsável russo disse ainda estar “perplexo” com a maneira como os serviços secretos norte-americanos “fazem suposições sobre ataques terroristas” sem uma investigação e apelou a uma “operação urgente e transparente” para apurar os responsáveis pela sabotagem.

Na mesma linha, o vice-embaixador da Rússia nas Nações Unidas (ONU) garantiu que o país vai procurar ao longo deste mês que o Conselho de Segurança vote uma proposta para lançar uma investigação internacional sobre os ataques.

Kyiv já negou as acusações, com o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak a frisar que “a Ucrânia nada tem a ver com o acidente no mar Báltica e não tem informações sobre ‘grupos pró-ucranianos de sabotagem’”.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combate. 

Leia Também: Governo ucraniano nega ligação de Kyiv a sabotagem de gasoduto

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